InternetLab anuncia resultado do edital para análise de jurisprudência sobre misoginia online na América Latina

Foram selecionadas equipes de pesquisa da Argentina e Colômbia, além de três grupos de pesquisa brasileiros que produzirão artigos acadêmicos com dados coletados pelo InternetLab

Notícias Desigualdades e Identidades 26.09.2025 por Catharina Vilela e Isabelle Fernanda dos Santos

Em abril deste ano, o InternetLab, com apoio do IDRC, lançou um edital que teve como objetivo selecionar projetos de pesquisa que investigassem como tribunais cíveis de diferentes países da região têm julgado casos de misoginia na internet. A proposta integra os esforços da organização em ampliar a compreensão sobre como a violência de gênero online é tratada no campo do direito civil, para além da criminalização e do direito penal. 

O edital foi direcionado a organizações e centros de pesquisa latino-americanos, vinculados ou não a universidades, interessados em adaptar e aplicar a metodologia de coleta e análise desenvolvida pelo InternetLab para o caso brasileiro. 

A partir da avaliação das propostas recebidas, foram selecionados o Centro de Estudos sobre Liberdade de Expressão e Acesso à Informação (CELE), vinculado à Faculdade de Direito da Universidade de Palermo, na Argentina, que tem como missão produzir conhecimento e análises sobre liberdade de expressão, direitos digitais e acesso à informação. O segundo selecionado foi o Observatório da Igualdade das Mulheres (OEM), centro de pesquisa colombiano dedicado a gerar dados e análises sobre as condições de vida das mulheres, com o objetivo de dar visibilidade às desigualdades e influenciar políticas públicas voltadas à igualdade de gênero e à autonomia feminina.

Além disso, também foram concedidos três apoios de menor porte a grupos brasileiros interessados em explorar a base de dados já coletada pelo InternetLab. Esses apoios foram destinados a iniciativas cujo escopo se mostrou complementar ao do projeto em andamento. As contempladas foram o Grupo de Pesquisa “Democracia, Direitos Humanos e Desigualdades” da Faculdade de Direito de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (FDRP-USP), o Grupo de Estudos, Pesquisa e Ação em Feminismos, Gênero e Tradução (GRETAS) da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo (FFLCH-USP) e o grupo REVIVA – Rede de Pesquisa sobre Violência Política de Gênero, composto por Flávia Rios, Patricia Rangel e Jéssica Melo Rivetti.

Agradecemos a participação de todos(as) que submeteram seus projetos e parabenizamos os(as) selecionados(as).

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